domingo, 14 de abril de 2013

O Medo

Olá amigos leitores,
Todos nós sentimos medo de algo não é?
Vivemos sobre a influência do medo quase que todo o tempo. O medo se apresenta de formas diferentes a cada momento ou situação da vida e basicamente se definem em: paralisante, destrutivo, irracional e instintivo e vou falar um pouco de cada um deles no decorrer da postagem.
Todos nós sofremos a influência do medo de forma parecida, os medos da humanidade são conhecidos e estudados há tempos e basicamente são: o medo da morte, da solidão, do desconhecido, de mudanças, da rejeição, do fracasso, do abandono, de ficar doente, da falta de dinheiro, da violência, de perdas como: um amor, uma pessoa querida, de amizades, um relacionamento, um emprego, perda da liberdade e outros medos e até aqueles medos ditos “bobos” irracionais, tipo quando entra uma borboleta voando pela janela e vêm na sua direção e você fica com medo achando-se em perigo por isso, ou algum tipo de medo sem motivação aparente.
Estes medos irracionais são muitos, mas não tem tanta influência no ser humano eles são quase que iguais ao medo instintivo mas com uma diferença eles não tem motivação aparente alguma para serem vividos, basicamente são ilusórios.
Já no caso do dependente químico e/ou alcoolista o medo não é irracional ele é extremamente destrutivo, pois, ele constantemente está sendo influenciado por ele, tem medo da vida, da responsabilidade, da solidão, do abandono, do passado, do futuro, do fracasso, entre outros medos, mas tem um em especial que o impede de buscar uma mudança de vida, o medo de abandonar as drogas e/ou o álcool. Porque isso acontece?
Acontece porque o dependente tem um relacionamento muito íntimo e intenso com a droga e/ou álcool e basicamente sua vida está voltada para isso, e ele tem medo de perder tudo àquilo que conquistou nesta vida. O medo de ser abandonado pelos amigos reside ai assim como o medo de perder sua identidade que foi construída principalmente nesta vivência, de bar em bar, droga em droga, balada em balada, loucura em loucura. Ele possui uma identidade muito bem definida neste círculo.
Existem outros medos que também influenciam sua vida, o medo da responsabilidade é um deles, por isso é comum se tornarem excelentes mentirosos, justificadores e transferidores, pois estas são formas eficientes de não se assumir responsabilidade, mentem sobre os erros, justificam os erros e transferem para os outros responsabilidades e culpas.
Os familiares e amigos também sentem medo, que também pode ser destrutivo caso seja o pior dos medos: o medo paralisador.
O medo paralisador é aquele como o próprio nome diz, paralisa a pessoa a deixa sem ação.
Muitos erros são cometidos no medo, por exemplo, não dizer o que se pensa, medo de perguntar, medo de buscar respostas, medo de investigar indícios, medo de perder amizades, medo de tomar atitude mais dura e ser rejeitado, medo de violência e por aí vai.
O Medo da morte que talvez seja o maior dos medos do ser humano não é grande o suficiente para o dependente mudar, porque ele se mata a cada uso e/ou gole e não se importa com isso, na verdade mesmo que tenha uma experiência de quase morte a maioria, ou melhor, quase a totalidade deles volta a usar e/ou beber não muito tempo depois disto.
Existe também o medo respeitador que é aquele que limita e que o ser humano possui por instinto, este medo preza pela vida, ele nos mantem longe de tudo o que pode ser destrutivo ou perigoso.
Familiares e amigos, não tenham medo de discutir o assunto, de tomar posição contrária ou mesmo ações mais duras se for necessário, se o dependente perceber que pode te controlar através do medo vai ficar tudo mais difícil, principalmente para você(s) a(s) vitima(s), não tenham medo de lutar pela vida desta pessoa custe o que custar.
Dependentes não tenham medo de expor suas ideias, fraquezas, dificuldades, de falar a verdade, buscar ajuda se for preciso, essa é a melhor forma de resolver problemas. Principalmente não tenham medo de abandonar as drogas e/ou o álcool, amigos, ou mesmo esta vida de sofrimento.
Amigos dependentes em recuperação, não tenham medo, pensem nos seus companheiros, pessoas que pararam de usar e encontraram uma nova maneira de viver, e siga este caminho sempre em frente, e não volte para trás, encare este “voltar para trás” com uma ponte que não existe mais, que explodiu e se voltar cairá no precipício novamente e pode não conseguir mais voltar.
Á todos, não tenham medo de lutar pelo que acreditam ser correto, para combater o medo paralisante e destrutivo o segredo é coragem, principalmente aquela que nos fala na oração da serenidade: “Coragem para modificar as coisas que eu posso modificar”.

Obrigado pela visita. Até o próximo post.
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