O triângulo de Dramas de Karpman nasceu da
perspectiva do autor, Stephen Karpman, sobre os dramas existentes nas relações
nucleares e surgiu após a segunda grande guerra, tendo sua origem na Análise
Transacional de Eric Berner em 1956, que estudava e analisava a troca de
estímulos entre os indivíduos.
Karpman após estudar essas trocas deu a estes
agentes três papéis: perseguidor, salvador e vítima.
O triângulo de Dramas é somente formado a partir do
reconhecimento do papel da vítima. E através deste, os outros papéis se
desenvolvem e logo aparecem com a mesma intensidade que a vítima, o
perseguidor/acusador e o salvador/socorrista.
O perseguidor/acusador corresponde aos que
observam, medem, julgam com a crença de um justo e coerente julgamento sobre
todas as ações do outro.
A vítima, passiva, necessita do
perseguidor/acusador para se manter no seu papel de vítima, enquanto aguarda o
salvador/socorrista.
O salvador/socorrista está sempre pronto para
socorrer a vítima em toda e qualquer situação, não permitindo que a vítima
cresça e crie autonomia para superar seus obstáculos.
Partindo desse triângulo já formado, encontramos o
codependente e seus dramas. Que no auge dos seus conflitos depara-se com estes
três papéis em si mesmo.
Lembremos que a codependência é uma doença
alimentada pelo comportamento do outro, e que este (o outro, no caso, o
dependente químico) é identificado como a vítima a ser socorrida por um
salvador, o codependente, após não ter correspondido aos anseios do
perseguidor/acusador. Quando isso se dá também se torna odioso o triângulo de
dramas. Odioso e viciante. Sendo de difícil identificação o fato da vítima não
ser mais o dependente químico mas sim o próprio codependente, que está sendo
vítima da sua própria doença que precisa ser alimentada. Então ele, o
codependente, inconscientemente persegue/acusa para continuar sendo o
salvador/socorrista da vítima que já não é o dependente químico e sim, o
próprio codependente sofrendo com seus dramas.
É preciso a identificação neste caso, pelos
codependentes do fato que eles mesmos fazem o papel da vítima a ser resgatada,
já que os danos causados pela doença da dependência química no núcleo da família
são irreparáveis. É necessário que cuidem de si mesmo como anseiam em cuidar
dos seus entes queridos.
Se não identificado este funcionamento dentro de
si, o perseguidor/acusador se tornará facilitador para que assim, a vítima (o
ente querido) continue a espera de seu salvador (o familiar codependente), não
encontrando nas adversidades o amadurecimento necessário para crescimento
pessoal.
O codependente necessita perceber cada um desses
papéis para que possa controlá-los e amadurecer como vítima que já não precisa
sofrer alimentada pela atitude do outro. É chegada a hora de crescer e viver
Portanto, cuidemo-nos todos para que todos possam
cuidar uns dos outros. Identifiquemos nossos problemas e principalmente,
discutamos sobre o assunto.
E se você, dependente químico usar isso contra a
sua família adoecida, é porque você realmente não entendeu nada até aqui.
Siga em frente.
Saudações
Fábio Augusto Bento Freitas
Terapeuta em Dependência Química, atualmente cursando Serviço Social
na Universidade Estácio de Sá, no Rio de
Janeiro.
e muitas vezes está dinâmica já acontece dentro da família,no começo de tudo entre o casal e depois seus filhos...e no caso da dependência química isto fica mais evidente e com certeza sofrido...desenvolver humildemente a habilidade de pedir e aceitar ajuda é fundamental e libertadora...pois tudo é tão automático que não se percebe, e o que é mais difícil achar que é assim mesmo...Lindo texto...amei
ResponderExcluirMuito obrigado.
ExcluirBom dia Fábio... !!! Ótimo e muito bem direcionado, de forma assertiva e objetiva sobre o que é CODEPENDÊNCIA.... !!!! 👏👏
ResponderExcluirMuito obrigado.
ExcluirBom dia Fábio.
ResponderExcluirMuito bom o texto.
Não é fácil perceber que você faz parte desse triângulo.
Com ajuda de profissionais, você passa a enxergar está situação. Cabe a você, somente você sair deste triângulo e ter uma convivência mais saudável e não uma convivência doentia.
Muito obrigado.
Excluir👏👏👏👏👏👏👏 muito bom mesmo... parabéns pelo texto.✡
ResponderExcluirMuito obrigado
ExcluirTexto maravilhoso, parabéns!
ResponderExcluirFacilita a identificação da vítima, perseguidor e o salvador.
Muito obrigado.
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ExcluirObrigado Fabio! Continuamos buscando excelência no assunto!
ResponderExcluirPerfeito! Muito obrigado.
ExcluirParabéns Fábio, muito bom contar com pessoas como você para levar adiante o dasafio da informação e do conhecimento necessário para problemas e comportamentos tão complexos. Assunto brilhantemente apresentado.
ResponderExcluirAbraço
Obrigado, Ulysses. Além de meu padrinho, é inspiração de vida e de luta incansável pela vida. É uma honra participar desse projeto lindo.
ExcluirFabio, excelente texto!
ResponderExcluirVou buscar mais informações sobre o triângulo de dramas de Karpman, creio que vale a pena.
Parabéns pela iniciativa e pelo excelente texto. Continuem em frente, as pessoas precisam conhecer mais sobre esses assuntos tão complexos e importantes.
Abraço, +24, sph!
Muito obrigado.
ResponderExcluirÓtimo texto parabéns
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