quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Pandemia, isolamento e recuperação

Olá caros amigos e leitores como estão? Espero que bem. Bom vamos lá.

Esse período que estamos vivendo é algo extremamente novo para todos nós e novas experiências estão surgindo a partir dele.

O Isolamento social foi e vem sendo sistematicamente indicado e por um período foi até imposto pelo governo, que fez assim sua parte na tentativa de contenção da disseminação do vírus da COVID 19 na população em geral.

Este período de convivência social limitada propiciou uma maior permanência das pessoas em casa, o que aumentou o período de convivência familiar, mas também impôs severo isolamento às pessoas que moram sozinhas ou por algum motivo permaneceram isoladas dos demais.

Esta nova condição de convivência diária frente a pandemia apresentou uma realidade que chama a atenção, o ócio social. As pessoas em isolamento tanto sozinhas como coletivamente foram tomadas por esse ócio e este foi gerador do comportamento de aumento de consumo de drogas álcool no seu dia a dia, e este comportamento associado ao desconforto do isolamento luziu a todos nós o triste aumento da violência doméstica e relações interpessoais. Esta preocupação e fatos foram manchetes de noticia em diversos jornais televisivos.

O isolamento atingiu setores e demandas de grande importância social como atividades terapêuticas continuadas, atividades religiosas e dentro do nosso interesse os grupos de mutua ajuda como AA e NA e outros, o que prejudicou muitas pessoas em seus tratamentos, pratica espiritual e outros.

No caso dos dependentes de álcool e/ou drogas a ausência das reuniões presenciais de AA e/ou NA por exemplo, mesmo estas tendo sido rapidamente substituídas de forma eficaz por reuniões virtuais trouxeram alguns problemas em relação à manutenção do processo de recuperação de cada indivíduo, pois estas irmandades tem a proposta do coletivo como ponto forte e de suma importância para o sucesso da recuperação individual e com isto a incidência de recaídas passou a ser uma triste realidade.

Em junho o SPTV1 apresentou uma reportagem falando da dificuldade de dependentes químicos em manterem sobriedade e o aumento das recaídas por conta da pandemia.

Entramos na era digital de vez com os trabalhos em home offices, pedidos de todos os tipos por aplicativos, internet e tv oferecendo as notícias, as redes sociais recheadas de memes, fotos de máscara e discussões sobre política e saúde e como não poderiam ficar de fora as lives a rodo e para todos os gostos que inundaram a programação da tv e internet e as irmandades de mutua ajuda que passaram a proporcionar suas reuniões e encontros agora de forma virtual.

Pensando nisto e fazendo proveito desta ferramenta Alcoólicos anônimos AA que neste ano completou 85 anos de existência fez de forma inédita no Brasil uma live aberta à sociedade.

Esta live contou com a presença do já bem conhecido médico Dr. Drauzio Varella respondendo perguntas técnicas sobre alcoolismo e a dra. Camila Ribeiro Sene, atual presidente da Junta Nacional de Serviços Gerais de AA no Brasil.

A live é fantástica e muito rica em informações diversas sobre o tema alcoolismo, recuperação e danos da doença e escrevi este post justamente para apresenta-la a vocês leitores e sugerir que a assistam e tenham mais informações sobre esta irmandade fantástica chamada Alcoólicos Anônimos ou A.A.

Há, já ia me esquecendo, lógico que não foi só isto que aconteceu conosco no isolamento, percebemos também a importância daquilo que nos foi privado como o convívio com a família, um simples abraço, os amigos, a praça, o parque, a praia, as confraternizações e tudo os passeios e atividades maravilhosas que não temos como fazer.

Muitos também aproveitaram o momento para autoconhecimento, aproveitar mais os filhos, pais e familiares. Alguns encontraram soluções financeiras na crise e acima de tudo dos nós percebemos o quanto a vida é valorosa e frágil e com isto passamos a valoriza-la mais.

Muitos novos membros chegaram á AA e NA pelas reuniões virtuais, elas são sensacionais, cumprem bem o propósito de levar a mensagem e receber o recém-chegado, a grande maioria das pessoas permanecem sóbrias e em recuperação com ou sem elas, inúmera pessoas estreitaram laços de coleguismo, companheirismo e/ou apadrinhamento mediante a percepção de suas próprias necessidades e dificuldades e se sentiram abertos e chamados a doar-se para acolher o outro mesmo que virtualmente, e começaram a vivenciar a via de mão dupla, altruísmo, empatia e o amor incondicional que surge disto.

Descobrirmos nossa capacidade de resiliência, de persistência e poder de mudança, sobrevivemos á dor, a tristeza e as dificuldade e prosseguimos e isto é simplesmente fantástico.

Uma ultima consideração a ser feita, nós decidimos o que vamos fazer com tudo isto, podemos baixar a cabeça e dizer que é assim mesmo ou podemos erguê-las e seguir em frente mesmo que tudo aparentemente se mostre desfavorável, qual tua escolha?

O Blog O Dq Um Novo Rumo sente-se feliz por prestar este serviço á vocês nossos amigos e leitores, e nos colocamos a disposição para responder os comentários, para resenhas mais profundas. Aproveito para reforçar que as postagens representam a visão do blog e seus editores e não têm a menor pretensão de impor-se como verdade absoluta dos fatos. 

Excelente vídeo até o próximo post

LIVE DO AA

https://www.youtube.com/watch?v=Er_ZclLz2_o&t=941s


Ulysses Beolchi Jr
Editor do Blog
Terapeuta especialista em dependência química e Thetahealer


nosso e-mail: odqumnovorumo@hotmail.com

2 comentários:

  1. Este momento tb nos permite descobrir dons,desenvolver ou melhorar habilidades, praticar a auto conexão. Não precisamos mais correr tanto e é uma ótima oportunidade de parar e olhar o que realmente é essencial nas nossas vidas. Através do simples,descobrimos que podemos viver bem,não precisamos de tantas coisas externas para sermos felizes...encontrar seu equilíbrio interno e aprender a se relacionar com o mundo de outro jeito menos dependente menos competitivo etc. Pois quando estamos bem, naturalmente passamos isto para o outro.Alguns chamaram isto de ócio criativo,mas seja qual o nome for...pode ser muitooo bomm.

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    1. Olá Sil Li, fico feliz por teu comentário e percepção desta questão atual. Parar e pertencer é algo as vezes muito difícil de se conseguir fazer. O simples é maravilhoso e criar alternativas sempre será o desafio de todos nós. Beijo

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